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Economia

TAP reage e avança com processo contra a Azul no caso do empréstimo obrigacionista

O ministro das Finanças já tinha dito que o processo do empréstimo de 90 milhões da Azul à TAP, desencadeado pelo pedido antecipado do reembolso, poderia ter de se revolver em tribunal. A TAP avançou agora para a Justiça, depois de a transportadora brasileira ter ameaçado romper a parceria comercial no Brasil e ter recorrido ao agente fiduciário do contrato obrigacionista para dirimir o conflito

Nuno Botelho

Numa ação de contra-ataque, a TAP entrou com uma ação judicial, no Tribunal Cível de Lisboa, no dia 13 de novembro, contra a Azul Linhas Aéreas Brasileiras e a Bondholders, uma sociedade com sede em Valência, Espanha. É um passo dado na sequência do conflito em torno do empréstimo obrigacionista de 90 milhões de euros feito pelo companhia brasileira à portuguesa em 2016, quando David Neeleman era ainda o acionista de referência, e que a transportadora brasileira, em dificuldades, quer antecipar.

O processo da TAP surge assim em reação ao pedido da Azul, de setembro deste ano, para que a companhia aérea portuguesa antecipasse o reembolso do empréstimo que vence em 2026 - altura em que chegará aos quase 200 milhões de euros. Apelo a que a transportadora portuguesa não aceitou responder nas condições propostas pela congénere brasileira.