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Subsídios para baixar preços tiveram custos orçamentais e geraram ainda mais inflação, acusa o FMI

As políticas de subsídios para descer os preços em períodos de surto inflacionista foram a medida principal dos governos, mas exigem uma avaliação da sua eficácia, refere um estudo do Fundo Monetário Internacional divulgado esta quarta-feira no World Economic Outlook

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Os subsídios para baixar preços durante a crise inflacionista dos últimos dois anos foram a medida principal usada por 75% dos governos das economias desenvolvidas, refere um estudo divulgado esta quarta-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

A análise foi publicada no segundo capítulo do World Economic Outlook que aborda a política monetária durante a crise inflacionista de 2022 e 2023 e as medidas complementares tomadas pelos governos em virtude da lentidão do efeito desinflacionista da subida dos juros pelos bancos centrais.

O FMI refere-se a estes instrumentos orçamentais como politicas de “supressão de preços” tendentes a manter os preços abaixo do nível em que deveriam estar e sublinha que tiveram três consequências negativas: provocaram custos orçamentais elevados; contrariam os objetivos das políticas de transição climática (pois, em grande medida, se dirigiram aos combustíveis e eletricidade); e sobreaqueceram o consumo, o que gerou ainda mais inflação.