O desabafo é comum entre as empresas têxteis portuguesas: “Recuperar ou até ganhar terreno nas exportações, está mais difícil”. O abalo provocado pela Operação Maestro que envolveu 78 buscas da Polícia Judiciária para investigar um alegado desvio de fundos comunitários destinados aos apoios à internacionalização do sector, paralisou a Associação Selectiva Moda, responsável pela participação da indústria têxtil e do vestuário nacional em mais de 70 feiras anuais pelo mundo.
“Neste momento, sem a estrutura de apoio que estava criada, as empresas ou desistem de ir lá fora fazer contactos, procurar clientes, correndo o risco de perder capacidade exportadora e ver a atividade diminuir por quebra de encomendas, ou assumem a totalidade dos custos, assim como todas as questões da logística e organização”, resume o presidente da ATP - Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, Mário Jorge Machado.