Economia

Anacom aplica coima de quase 400 mil euros aos CTT por violação de regras do serviço postal universal

Regulador das comunicações pune os CTT por “incumprimento dos padrões adequados de qualidade que deviam ser assegurados na prestação do serviço universal”, apontando falhas como o envio de informação não fidedigna sobre a densidade da rede postal e de ofertas mínimas de serviços em 2016 e 2017 ou entrega de envios postais a terceiros não autorizados

FOTO NUNO BOTELHO

A Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom) anunciou esta terça-feira em comunicado que "decidiu aplicar aos CTT uma coima na ordem de 398.750 euros", por violação de várias obrigações a que se encontram sujeitos enquanto prestador do serviço postal universal. Os Correios podem ainda recorrer da decisão.

De acordo com o regulador, os Correios incumpriram os "padrões adequados de qualidade que deviam ser assegurados na prestação do serviço universal". E aponta "em especial, a violação do objetivo de densidade da rede postal e de ofertas mínimas de serviços fixado por deliberação da Anacom em agosto de 2014".

E acrescenta: "está também em causa o envio à Anacom de informação que se constatou não ser fidedigna, relativa ao cumprimento dos objetivos de densidade da rede postal e de ofertas mínimas de serviços relativos ao 2.º, 3.º e 4.º trimestres de 2016 e 1.º, 2.º e 3.º trimestres de 2017".

Foram ainda verificadas falhas em "situações em que os CTT não se encontravam a disponibilizar informação atualizada, nos seus estabelecimentos postais, relativa aos indicadores de qualidade de serviço e aos preços aplicáveis".

E ainda a "violação da obrigação de distribuição domiciliária dos envios postais incluídos no serviço postal universal, quer a obrigação de proteção de dados pessoais e da vida privada de remetentes e destinatários, ao entregar tais envios postais a terceiros não autorizados (...) optando por deixar guias de levantamento, e ainda, abandonando diversos envios postais na via pública".

O regulador liderado por Sandra Maximiniano diz que "o não cumprimento dos objetivos de densidade da rede postal e de ofertas mínimas de serviços legalmente previstos pôs em causa o acesso ao serviço postal por parte de todo e qualquer cidadão". E a não disponibilização de informação atualizada nos estabelecimentos postais, relativa aos indicadores de qualidade e aos preços aplicáveis, poderá ter prejudicado o acesso ao serviço postal universal".