A economia portuguesa cresceu 1,4% no primeiro trimestre face ao período homólogo de 2023, de acordo com a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgada esta terça-feira, 30 de abril.
No trimestre anterior, que compreende os meses de outubro, novembro e dezembro de 2023, o crescimento homólogo fora de 2,1%.
O contributo do consumo interno, que no final de 2023 se mantinha forte, perdeu peso nos cálculos da variação homóloga do PIB: o investimento manteve a tendência de desaceleração que já registara no trimestre anterior. Já o consumo privado contrariou a tendência do final do ano passado e também apresentou um abrandamento no arranque de 2024.
A procura externa, por sua vez, deu um contributo nulo à variação do PIB. Houve um menor crescimento das exportações, em volume, de bens e serviços. Mas, ao mesmo tempo, as importações de bens e serviços cresceram a um ritmo ligeiramente mais rápido.
Em cadeia (isto é, comparando com o trimestre imediatamente anterior) o produto interno bruto (PIB) português aumentou 0,7% no primeiro trimestre do ano, igual ao registado entre o terceiro e quarto trimestres de 2023.
O INE justifica esta variação em cadeia com “o contributo da procura externa líquida para a variação em cadeia do PIB”, que “passou a positivo no primeiro trimestre, refletindo a desaceleração das importações de bens e serviços mais acentuada que a das exportações de bens e serviços". Do lado da procura interna, “o contributo positivo” desta “diminuiu, observando-se uma redução do investimento e uma aceleração do consumo privado”.