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Economia

2016: um novo ciclo político animava a economia portuguesa

Com a geringonça, o crescimento acelera, o desemprego baixa, e o défice orçamental recua até se transformar em superavit. Assim estava a economia portuguesa em 2016, ano que recordamos na série “50 Anos Expresso”

Luís Barra

Com a chegada ao poder do PS de António Costa no final de 2015, com o apoio dos partidos mais à esquerda, inicia-se um novo ciclo político em Portugal, com reflexos na economia. O primeiro de governação da ‘geringonça’ ficou marcado pela reversão de cortes dos anos da troika, aumento do salário mínimo e das pensões e algum alívio no IRS. Medidas que puxaram pela economia, levando a uma aceleração do crescimento. Em 2016, o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 2%, um patamar que não era atingido desde 2007. Vai acelerar ainda mais nos anos seguintes, com a ajuda do forte crescimento do turismo em Portugal. Esta aceleração da economia é indissociável da recuperação do mercado de trabalho, com a taxa de desemprego a voltar a descer em 2016, para 11,5%. Irá descer ainda mais nos anos seguintes.

Nas contas públicas, o tempo é de consolidação orçamental. Com Mário Centeno à frente do Ministério das Finanças, o défice orçamental recua para 1,9% do PIB. Trata-se do valor mais baixo desde 1989, quando Cavaco Silva era primeiro-ministro e o PSD governava com maioria absoluta.