No final da estação estival deste ano, o turismo perfila-se como o grande impulsionador da economia espanhola, num contexto de clara desaceleração. Embora não se cheguem a bater recordes, os números de visitantes e de receitas procedentes desta atividade até setembro e as projeções calculadas para o fim de ano auguram um balanço muito bom e certificam a superação das circunstâncias negativas vinculadas à pandemia de coronavírus. Prevê-se que, no final de 2023, mais de 85 milhões de turistas tenham visitado Espanha, mais 14 milhões do que em 2022 e 2 milhões acima de 2019. Depois dos Estados Unidos e antes de Itália, Espanha posiciona-se em segundo lugar como país mais visitado do mundo.
O aumento do número de turistas norte-americanos é, precisamente, um dos sinais diferenciadores deste ano: até agora chegaram mais 74% de viajantes dessa proveniência do que em 2022. No seu conjunto, o sector está a comportar-se melhor do que o esperado, tendo em conta o cenário desfavorável que representava o aumento da inflação e as suas consequências de encarecimento de todas as atividades turísticas, desde o transporte às dormidas, passando pela hotelaria e pela restauração. Desde 2019 registou-se um aumento de 24% nos preços, segundo os números apresentados pelos reguladores.