Economia

Exportações portuguesas em agosto caíram 7,7% e importações recuaram 16%

A diminuição dos preços nas exportações do setor do papel influenciou a queda nas exportações portuguesas em agosto, ao passo que o custo dos combustíveis ajudou no recuo nominal das importações, segundo o INE

Tiago Miranda

As exportações portuguesas, em termos nominais, recuaram 7,7% e as importações caíram 16% em agosto face ao mês homólogo, divulgou esta terça-feira, 10 de outubro, o Instituto Nacional de Estatística (INE).

A influenciar a queda no montante de exportações esteve a categoria dos fornecimentos industriais, com destaque para o subsetor da pasta de papel e de papel. Nas importações, a queda dos preços dos combustíveis nos mercados internacionais foi o principal fator.

“Salientam-se os decréscimos nas importações de “combustíveis e lubrificantes” (-47,2%), principalmente de “óleos brutos de petróleo” (-78,7%), refletindo sobretudo a descida do preço deste produto no mercado internacional (-77,4%). Nas exportações, destacam-se as diminuições de “fornecimentos industriais” (-15,5%, sobretudo de “pastas celulósicas e papel e produtos químicos”) e de “combustíveis e lubrificantes” (-26,4%)", especifica a autoridade estatística portuguesa.

Sem a componente dos combustíveis e dos lubrificantes, as exportações caíram 5,3% e as importações recuaram 6,5%.

Já os índices de valor unitário - que permitem perceber acompanhar os preços dos bens e serviços - caíram 6% e 14,2% nas exportações e nas importações, respetivamente, “refletindo sobretudo o ajustamento dos preços dos produtos petrolíferos, dado que excluindo estes produtos se registaram decréscimos de 1,2% nas exportações e de 4,1% nas importações”, explica.

No que toca ao défice da balança comercial, este caiu, em agosto, 1022 milhões de euros na comparação com o mês homólogo, para os 2400 milhões de euros. Sem a componente dos “combustíveis e lubrificantes”, a queda foi de 189 milhões de euros, para os 1763 milhões de euros.