É tão determinante como o pacote salarial que é oferecido pela empresa e já tem tanto ou mais peso, dependendo da função, do que o plano de progressão na carreira que é oferecido pelo empregador. “Se o trabalho remoto ou híbrido não estiver em cima da mesa de negociações, grande parte dos candidatos a emprego nem sequer vai a jogo”, garante Nuno Troni, diretor da consultora de recrutamento Randstad. Num mercado de trabalho marcado pelas dificuldades de contratação e pela concorrência cada vez mais feroz de recrutadores internacionais que disputam o talento português, o especialista não tem dúvidas de que as empresas estão cada vez mais conscientes de mesmo sem grandes ganhos de produtividade, “se a flexibilidade não fizer parte da equação, simplesmente não conseguem contratar”.
Os números deixam pouca margem para dúvidas. Sendo certo que os regimes de trabalho remoto ou híbrido não podem ser generalizados a todas as áreas e funções, havendo atividades mais operacionais onde a presença física do trabalhador é imperativa, “mais de 90% das ofertas de emprego atualmente disponíveis na Randstad e compatíveis com este modelo, têm a possibilidade de trabalho remoto ou híbrido”, avança Nuno Troni.