Economia

Taxa de inflação dos EUA cai para os 3% em junho

Registou-se um novo abrandamento na taxa de inflação dos EUA em junho para os 3% face a 4% de maio, continuando a trajetória de descida iniciada em junho de 2022, mês em que alcançou um pico de 9,1%

MANDEL NGAN/ Getty Images

A inflação nos EUA continuou a abrandar em junho deste ano. A taxa de inflação média dos últimos 12 meses caiu para os 3% em junho, anunciou o Departamento de Trabalho norte-americano esta quarta-feira, 12 de julho. Esta foi a menor taxa anual desde março de 2021, altura em que os preços começaram a subir aceleradamente na economia norte-americana. Em maio, a taxa média de inflação fora de 4%.

A taxa de inflação subjacente - que exclui bens alimentares e energéticos por serem de preço mais volátil - também caiu para os 4,8%. Em maio este indicador (que tende a refletir a durabilidade de longo-prazo dos aumentos de preços) tinha sido de 5,3%.

A influenciar este abrandamento esteve a queda dos preços da energia, com uma queda média de 16,7% dos preços no ano com fim em junho. Os preços dos bens alimentares continuaram a subir, com um aumento médio de 5,7%.

Face ao mês anterior, os preços subiram 0,1% em junho. Em maio, o crescimento em cadeia fora de 0,2%. A inflação subjacente aumentou 0,2% em junho, o menor aumento mensal desde agosto de 2021. Os maiores contributos para a subida mensal foram os preços da habitação e dos seguros de automóveis; com vestuário, lazer, e cuidados pessoais a registarem igualmente variações significativas.

Já de maio para junho, os preços de bilhetes de avião, de comunicações, de carros e pesados usados, e de mobiliário para o lar caíram.

O comportamento da inflação (e, em paralelo, do mercado de trabalho) está a ser acompanhado de perto pela Reserva Federal dos EUA, numa altura em que o banco central norte-americano resolveu pausar o agressivo ciclo de subidas das taxas de juro iniciado há mais de um ano para domar a subida acelerada dos preços.

Mesmo com uma taxa de juros máxima de 5,25%, a Fed não exclui subir as taxas pelo menos mais duas vezes até ao final de 2023 para arrefecer a economia e o mercado laboral.

Na zona euro, a taxa de inflação foi estimada nos 5,5% em junho, com maior contributo dos bens alimentares e dos bens industriais não-energéticos. Entre os países da moeda única, há grandes discrepâncias na taxa de inflação, entre os 11,3% da Eslováquia e os 1% no Luxemburgo - com Portugal com um índice harmonizado de preços no consumidor de 4,7%.

O que complica a ação do Banco Central Europeu, que já anunciou que voltará a subir a taxa diretora este mês, provavelmente em 25 pontos-base para os 4,25%. E não exclui mais aumentos até ao fim do ano.