Economia

Inflação volta a abrandar e fixa-se em 4% em maio

A inflação está a cair há sete meses e, em maio, atingiu os 4%. Isenção do IVA em alguns produtos ajudou a baixar a inflação, nota o INE

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O Instituto Nacional de Estatística (INE) estima que a taxa de inflação de maio terá ficado nos 4%, o que representa o sétimo abrandamento consecutivo, segundo os dados divulgados esta quarta-feira.

Em abril, o índice de preços no consumidor, indicador que mede a inflação, tinha apresentado uma variação homóloga de 5,7%. Ou seja, de abril para maio houve um abrandamento de 1,7 pontos percentuais.

“Esta desaceleração é em parte explicada pelo efeito de base resultante do aumento de preços da eletricidade, do gás e dos produtos alimentares verificado em maio de 2022 e ainda pela isenção de IVA num conjunto de bens alimentares essenciais”, justifica o gabinete estatístico.

O indicador de inflação subjacente também abrandou, para 5,5% (6,6% em abril). Este indicador mede a evolução de um cabaz de bens e serviços com mudanças menos frequentes (exclui bens energéticos e produtos alimentares não transformados) e com oscilações menos pronunciadas de preço.

Por produto, os preços da energia voltaram a cair (-15,5%). Já os preços dos produtos alimentares não transformados aumentaram 8,9%, mas apesar do aumento houve uma grande desaceleração face ao mês anterior (14,1%).

Face a abril, a taxa de inflação terá sido negativa em 0,7%.

A taxa de inflação média dos últimos 12 meses foi estimada nos 8,2% em maio, face a 8,6% em abril.

O INE estima ainda que o índice harmonizado de preços no consumidor - o indicador usado para a comparação entre países da União Europeia - se tenha fixado nos 5,4% (6,9% em abril).