A TAP paga um prémio superior a 50% pelo leasing anual dos seus aviões face à média do montante pago pelos três principais grupos de aviação europeus: as gigantes Lufthansa, Air France/KLM e a IAG (British Airways e Iberia). E o valor anual pago pela companhia portuguesa tem aumentado desde 2015, ano em que foi privatizada e o norte-americano David Neeleman se tornou o maior acionista [em parceria com Humberto Pedrosa], capitalizando-a com o dinheiro que uma empresa sua (a DGN) recebeu da Airbus, no âmbito da troca da frota encomendada anos antes pela TAP — em vez de 12 A350 seriam encomendados 53 aeronaves: A330, A320 e 321 Neo.
Vamos a números. Em 2022, o custo com o leasing dos aviões da TAP, nomeadamente com a frota Airbus, foi de €7,64 milhões por avião, mais €2,2 milhões do que em 2019 — é uma subida significativa. E é, na prática, mais €2,7 milhões que o valor médio de €4,9 milhões pago pelas suas principais concorrentes e potenciais candidatas à futura privatização (Lufthansa, Air France/KLM e IAG). Resumindo, a TAP paga mais 54% por avião que a média das suas congéneres. Em 2022, globalmente, a companhia gastou em leasing €603,6 milhões.