Sou um empresário com mais de 30 anos de experiência na aviação. Fundei várias companhias áreas de sucesso continuado em diversos países e em mercados altamente competitivos.
No início de 2015, fui contactado pelo Governo português para me convidar a concorrer à privatização. Eu não conhecia Portugal e depois de uma análise à TAP rapidamente concluímos que se encontrava numa situação financeira de absoluta emergência: era uma empresa falida, completamente descapitalizada, sem tesouraria e em risco de não conseguir pagar salários. O contexto era ainda mais desafiante uma vez que, pelas regras europeias, o Estado português estava impedido de colocar mais um euro na TAP. Os bancos portugueses já não aceitavam financiar mais a TAP e por motivos facilmente compreensíveis: o peso da dívida tinha-se tornado incomportável — cerca de 11x EBITDAR. A empresa estava sem acesso a meios de liquidez.