Os primeiros dias de fevereiro ficaram marcados pelas decisões de política monetária da Reserva Federal norte-americana (Fed), do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco de Inglaterra (BoE), três dos maiores bancos centrais do mundo. As opções foram, claramente, diferentes e indiciam estratégias que progressivamente se distanciam, nomeadamente entre Washington e Frankfurt.
O banco presidido por Jerome Powell optou, esta semana, por uma “subida modesta”, de 25 pontos-base (um quarto de ponto percentual), como já o fizera o Banco do Canadá em janeiro. Num registo mais 'agressivo', o BCE e o BoE, no dia seguinte, decidiram aumentos mais elevados, de 50 pontos-base (meio ponto percentual), e a equipa de Christine Lagarde surpreendeu os mercados ao antecipar que, na próxima reunião em março, repetirá a dose de meio ponto percentual.
À escala mundial, a Fed e o Banco Central do Brasil lideram o aperto monetário em curso e a taxa média global de juros duplicou entre 2021 e 2022.