A taxa de inflação em Portugal, medida pelo Índice de Preços no Consumidor, voltou a abrandar em janeiro para os 8,3%, de acordo com a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgada esta terça-feira.
Desde o máximo de outubro (10,1%) que a inflação tem vindo a abrandar. Em dezembro o valor tinha sido de 9,6%, ou seja houve um abrandamento de 1,3 pontos percentuais.
Os maiores contributos para esta descida foram dos produtos energéticos, destacando-se a diminuição de preços da eletricidade. A inflação na energia terá sido de 6,8% em janeiro, o que compara com 20,8% em dezembro.
Pelo contrário, os produtos alimentares não transformados viram uma aceleração no aumento dos preços, passando de uma variação de 17,6% em dezembro, para 18,5% janeiro.
Não só a inflação geral mostra sinais de abrandamento - ainda que permaneça bem acima dos 2% recomendados pelo Banco Central Europeu -, como também a inflação subjacente abrandou, algo que não aconteceu nos últimos meses. Este indicador exclui as componentes energéticas e de bens alimentares não transformados, produtos cujos preços são mais voláteis, e assim vê-se melhor como aumenta ou diminui o custo de vida.
A inflação subjacente abrandou, assim, em janeiro, passando de 7,3% em dezembro (o valor mais alto em quase 30 anos), para 7% em janeiro.
Em relação a dezembro, a variação do índice de preços está estimada em -0,9%.
Por fim, o INE divulga também o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor - indicador utilizado pela União Europeia para a comparação entre países. Neste caso a inflação fixou-se em 8,6%, menos que os 9,8% de dezembro.