Foi o pior ano nas bolsas desde a crise financeira mundial de 2008. Os mercados em 2022 sofreram o choque de uma troika letal. Convergiram na cena mundial a agressão russa à Ucrânia com o efeito acelerador no surto inflacionista e no clima de guerra, o fracasso da política de Covid-zero na China, a segunda maior economia do planeta, que está à beira da pior vaga da pandemia que já leva três anos, e o encarecimento brutal do dinheiro com a onda de subida dos juros pelos bancos centrais.
A vítima na primeira linha foram os mercados de ações, que colapsaram 20%, a maior quebra do índice mundial MSCI desde o afundamento bolsista na crise financeira de 2008. Um dano colateral foi a quebra a pique da capitalização do mercado das criptomoedas, que perdeu 64%, caindo para 795,3 mil milhões de dólares (743 mil milhões de euros ao câmbio atual), o valor mais baixo desde o final de 2020. No final de 2021, a capitalização neste mercado era superior a 2,2 biliões de dólares. (1,95 biliões de euros ao câmbio da altura). Os analistas dizem que este mercado entrou numa “Idade do Gelo”.