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Economia

Certificados de Aforro dão 3,5% a partir de março

Taxa de juro base das novas subscrições atingiu 2,84% em dezembro. Teto de 3,5% chega já em março

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Depois de anos esquecidos pelos investidores, assiste-se em 2022 a uma corrida aos Certificados de Aforro. As subscrições líquidas de resgates atingiram até novembro €5,24 mil milhões, mais de 200 vezes acima do total de 2021. É o resultado da procura dos aforradores portugueses — muito avessos ao risco — por aplicações com maior retorno, sem abdicarem da garantia de capital.

Com as taxas Euribor a dispararem no último ano, a taxa de juro base bruta para novas subscrições dos Certificados de Aforro passou de 0,41% em janeiro para 2,84% em dezembro. E vai continuar a subir. Tendo em conta as perspetivas dos mercados financeiros para a Euribor a três meses, essa taxa vai atingir o teto previsto de 3,5% já em março. E manter-se-á aí pelo menos até 2027. Um valor a que se somam prémios de permanência e que é muito superior ao auferido nas novas subscrições de Certificados do Tesouro ou nos depósitos bancários. Mas por agora não compensa a inflação.