Pelas 14h00 desta segunda-feira, as longas mesas dispostas na sala do Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão, em Santarém, terão ali sentados advogados repetentes, que por já lá estiveram inúmeras vezes antes do verão – alguns até por lá andam há muitos anos, já que a supervisão e regulação andam em torno dos mesmos profissionais.
Na última audiência, os advogados pediram à juíza Mariana Machado que, na hora da leitura da sentença, olhe para as atenuantes, como o estado de saúde ou os pedidos de desculpas públicos, para não haver condenação ou para que a sanção a aplicar fosse suspensa.
Agora, nesta segunda-feira, estes advogados de defesa de antigos administradores do Banco Espírito Santo vão ouvir se os seus argumentos foram suficientes para contrariar a condenação da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a coimas conjuntas de 2,8 milhões de euros pelo aumento de capital que levou investidores e acionistas a ali colocarem mil milhões de euros em maio e junho de 2014, dinheiro maioritariamente perdido na intervenção bancária de agosto daquele ano.