Há três décadas que Fernando Neves de Almeida, o presidente da Boyden Portugal, identifica executivos para cargos de topo. Pouco coisa mudou na sua atividade. A aplicação das práticas de recrutamento profissional a altos cargos públicos, que há muito defende, continua por concretizar e persistem barreiras culturais na profissionalização da gestão em empresas familiares. A estes junta-se um novo desafio, o do teletrabalho que, diz, não é compatível com a ambição de quem quer chegar ao topo.
A forma como se recrutam líderes de topo mudou com a pandemia?
Não. Nós não fomos impactados como o recrutamento generalista. Quem recruta cargos de topo, normalmente, conhece as pessoas ou quem pode dar referências sobre elas. Houve uma coisa que mudou: antes da pandemia, a maioria das conversas que tinha eram frente a frente e passaram para o Teams ou Zoom.