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Economia

Desemprego está abaixo dos níveis pré-pandemia, mas 33 milhões de pessoas ainda não têm trabalho. Salários reais continuarão a cair

OCDE destaca a rapidez da recuperação dos países após o período mais crítico da pandemia, com o desemprego já em níveis mínimos de há pelo menos duas décadas. Mas vinca que o mercado de trabalho ainda tem muitos desafios e que guerra na Ucrânia veio complicar todos os cenários

AFP/Getty Images

No pós-crise financeira foram criados 66 milhões de empregos nos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). 57 milhões foram destruídos nos primeiros meses de pandemia. E pese embora a recuperação rápida da economia e do mercado de trabalho - muito por conta das medidas de proteção do emprego adotadas em vários países, como o lay-off simplificado, em Portugal -, mesmo com o desemprego em mínimos, ainda há 33 milhões de pessoas sem trabalho.

As conclusões constam do Employment Outlook 2022, o relatório anual do mercado de trabalho da OCDE, divulgado esta sexta-feira, que se foca na recuperação dos países depois da pandemia e nos atuais desafios decorrentes do conflito militar na Ucrânia. O organismo pede uma “ação musculada” para apoiar os mais vulneráveis.

“Espera-se que os salários, em termos reais, continuem em queda ao longo de 2022, uma vez que a inflação deverá permanecer elevada e acima dos aumentos acordados”, diz Stefano Scarpetta