António Ramalho vai sair da presidência executiva do Novo Banco no final deste mês e, de anos anteriores, leva pelo menos €150 mil de salários que lhe foram atribuídos, mas cujo pagamento foi adiado. Além disso, também há prémios de milhares de euros que podem vir a ser encaixados, mal o banco se liberte das amarras da Comissão Europeia — um passo que tem levado mais tempo do que o desejado dentro da instituição.
Isto acontece porque o comité de remunerações do Novo Banco decidiu, desde 2018, atribuir ao presidente-executivo uma remuneração fixa superior ao limite que tinha sido definido no acordo imposto pela Comissão Europeia. No plano de reestruturação ficou estabelecido que o banco não podia pagar a ninguém, fosse trabalhador fosse administrador, um salário anual total dez vezes superior ao salário médio dos funcionários. Por quatro anos, isso aconteceu e uma parte do vencimento do presidente-executivo teve de ser diferida no tempo.