Se tudo corresse como planeado há um mês, esta quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) daria início a uma política gradual de subida das taxas de juro. A taxa de referência subiria 25 pontos base em julho e mais 25 ou 50 pontos em setembro. Contudo, com a inflação a escalar e revelar-se mais permanente que transitória, a presidente do BCE poderá ceder aos argumentos dos banqueiros mais conservadores, os chamados “falcões”, e atalhar caminho. Subindo as taxas de juro em 25 pontos base, Christine Lagarde inaugurará a primeira subida dos juros em onze anos. Se os agravar em 50 pontos base, será preciso recuar 22 anos, aos mandato de Wim Duisenberg, para encontrar uma subida tão pronunciada.
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Lagarde sobe juros entre a glória de Draghi e a má memória de Trichet
Christine Lagarde anunciará a primeira subida de juros em onze anos, com as experiências dos seus antecessores bem presentes na memória. Em Itália, agora com uma crise política entre mãos, Draghi espera receber as mesmas garantias com que ele, há exatamente uma década, em julho de 2012, serenou os mercados