Economia

Repsol mais do que triplicou margem de refinação em Espanha no segundo trimestre

A margem de refinação da Repsol em Espanha disparou de 6,8 dólares por barril no primeiro trimestre para 23,3 dólares por barril no segundo trimestre do ano

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A Repsol fechou o segundo trimestre com uma margem de refinação em Espanha de 23,3 dólares por barril, mais 242,6% do que a margem de 6,8 dólares que tinha sido registada no trimestre anterior. E ainda mais do que a margem de apenas 1,5 dólares por barril do segundo trimestre de 2021.

Os dados foram revelados pela petrolífera espanhola na divulgação ao mercado dos indicadores operacionais, que antecede a publicação das contas do segundo trimestre.

No documento a Repsol contextualiza o disparo da margem, referindo que "as limitações da oferta para cobrir a procura de gasóleo, gasolina e combustível de aviação aumentaram significativamente as margens de refinação em todo o mundo, em particular após a disrupção causada nas cadeias de abastecimento por causa da guerra na Ucrânia".

Além disso, frisa a Repsol, pesou o facto de a capacidade de refinação na Europa estar em declínio desde 2010, com o Velho Continente a enfrentar a concorrência de outras regiões neste negócio.

No caso da concorrente Galp, por exemplo, a margem de refinação no primeiro trimestre foi de 6,9 dólares por barril (ligeiramente acima da registada pela Repsol nesse período). A petrolífera portuguesa ainda não publicou os números relativos ao segundo trimestre.

A produção petrolífera da Repsol no segundo trimestre cifrou-se em 540 mil barris por dia, menos 3,2% do que no primeiro trimestre e menos 3,7% em termos homólogos.

Só a produção na América do Norte teve crescimento (3,2%), ao passo que a produção da Repsol na América Latina recuou 3,6% e os volumes produzidos na Europa, África e resto do mundo baixaram 10,3% face ao primeiro trimestre.