O gestor do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Fernando Alfaiate (na foto), disse esta terça-feira na Assembleia da República que a estrutura de missão Recuperar Portugal, a que preside, vai supervisionar o investimento aprovado pelo Banco Português de Fomento (BPF) à Pluris Investments, do empresário Mário Ferreira.
“O que está previsto nessa candidatura tem a ver com a parte do turismo. Não tem a ver com outras situações. Sabemos que o grupo tem outros interesses e atividades”, mas “será só nesta vertente de investimento que está em causa e é nessa vertente que nós vamos supervisionar”, respondeu Fernando Alfaiate aos deputados durante a audição da estrutura de missão Recuperar Portugal pela nova subcomissão parlamentar para o acompanhamento dos fundos europeus e do PRR.
A Pluris Investments foi uma das primeiras 12 candidaturas aprovadas pelo Banco Português de Fomento ao abrigo do Programa de Recapitalização Estratégica do Fundo de Capitalização e Resiliência. Este foi criado no contexto do PRR para ajudar a reforçar o capital e a solvência de empresas viáveis.
As restantes empresas apoiadas - que também operam no sector do turismo, ou da indústria e agricultura - são: MD Group; Viagens Abreu; Coindu – Componentes para a Indústria Automóvel; Lunainvest – SGPS; ERT – Têxtil Portugal; Hubel Agrícola SGPS; Orbitur – Intercâmbio de Turismo; Têxtil António Falcão; Travel Store - Prestação de Serviços – Viagens; Enging – Make Solutions e Qualhouse – Produtos Alimentares.
No conjunto, estas empresas serão alvo de um investimento direto no montante dos 76,7 milhões de euros. Mais de metade na Pluris Investments de Mário Ferreira, adiantou esta terça-feira o "Público".
No Parlamento, Fernando Alfaiate explicou que o processo de seleção das empresas é da responsabilidade do Banco Português de Fomento. “O lançamento e a responsabilidade do aviso do concurso de seleção das empresas é feito pela entidade responsável, neste caso o Banco de Fomento”. Acrescentou que os critérios de seleção das empresas – “objetivos” estão “publicados num aviso transparente”.
“Depois nós temos o poder de supervisionar e olhar para cada uma dessas operações, fazendo verificações no local, fazendo verificações administrativas para verificar e validar se tudo está de acordo com o que se pretende em termos de objetivos”, explicou o presidente da estrutura de missão Recuperar Portugal.
Reforçar a solvência das empresas estratégicas que desenvolvam atividade em território nacional e que tenham sido afetadas pelo impacto da doença Covid-19 é um dos objetivos deste Programa de Recapitalização Estratégica.