Economia

EasyJet anuncia cancelamentos de voos devido a caos nos aeroportos de Londres e Amesterdão

A EasyJet irá cancelar um número não-especificado de voos devido às limitações de transporte de passageiros nos aeroportos de Gatwick (Londres) e Schiphol (Amesterdão). "Esperamos ter a capacidade de remarcar a maioria dos clientes em voos alternativos", garante a companhia aérea

PETER NICHOLLS/REUTERS

A EasyJet anunciou que irá cancelar ligações no próximo trimestre devido às limitações definidas para os aeroportos de Gatwick, em Londres, e de Schiphol, em Amesterdão para o verão de 2022, anunciou a transportadora aérea esta segunda-feira, 20 de junho.

A transportadora aérea irá "consolidar proativamente" um conjunto não-especificado de voos nos aeroportos em questão, o que "dará aos clientes aviso prévio e a possibilidade de remarcação de voos alternativos".

"Dada a rede de alta frequência da EasyJet, esperamos ter a capacidade de remarcar a maioria dos clientes em voos alternativos", e "muitos no mesmo dia" dos voos que tinham "originalmente marcado", diz a companhia aérea.

Os problemas relacionados com a falta de capacidade, perdida durante os dois últimos anos com as restrições da covid-19, face à recuperação da procura estão a provocar perturbações graves em aeroportos europeus (incluindo o de Lisboa).

No aeroporto de Gatwick, foi estabelecido um limite de 825 voos diários em julho e de 850 em agosto. Já Schiphol só receberá 70 mil passageiros por dia entre 6 de julho e 28 de agosto, menos 13.500 passageiros, ou 16%, face ao anteriormente previsto.

"Atrasos no controlo de tráfego aéreo e falta de pessoal de assistência em terra e em aeroportos", elenca a transportadora, fazem com que aumentem "os tempos de rotação dos aviões e atrasos nas partidas", o que acaba por ter como resultado "cancelamentos de voos".

Tudo isto é agravado por um "mercado laboral muito difícil para todo o ecossistema incluindo tripulação de bordo" e pelo "aumento dos tempos de verificação de identidade", segundo a EasyJet.

A EasyJet espera que a capacidade do trimestre com fim a 30 de junho se cifre, após estas medidas, nos 87% face aos níveis de 2019, e a do trimestre seguinte em 90% do último ano sem os efeitos da covid-19.

A procura por viagens neste verão mantém-se "forte", segundo a transportadora, com 86% dos bilhetes do terceiro trimestre vendidos. Neste trimestre, a empresa planeia concretizar 140 mil voos e transportar 22 milhões de passageiros, um aumento de 550% face à capacidade do ano passado.

Para o quarto trimestre a EasyJet têm 48% dos bilhetes vendidos, em linha com o desempenho, na mesma altura do ano, de 2019.

A EasyJet avisa que haverá impactos a nível de custos com o aluguer de aviões e aumento da despesa com tripulação e taxas aeroportuárias, apesar de preverem que estes se restrinjam a este verão.

A transportadora britânica conseguiu recentemente 18 slots (faixas horárias de descolagem e aterragem) no aeroporto de Lisboa, dos quais a TAP teve de prescindir no âmbito do processo de reestruturação, superando a Ryanair na decisão da Comissão Europeia.