O grupo português RNM, que tem a sua sede em Famalicão e se dedica ao negócio dos produtos químicos, pretende investir 25 milhões de euros em Aveiro num parque logístico para a importação de combustíveis.
A RNM submeteu a licenciamento ambiental um projeto, designado "Liverpool", que visa a instalação de tanques e capacidade de armazenagem de combustíveis líquidos no terminal Norte do Porto de Aveiro.
O estudo de impacto ambiental, que estará em consulta pública até 22 de julho, prevê que nas novas instalações sejam feitas duas descargas mensais de gasóleo e uma descarga mensal de gasolina, bem como uma descarga trimestral de etanol, num total de quase quatro dezenas de navios por ano a trazer combustível.
A RNM sublinha a necessidade de "aumentar a eficiência do transporte por via marítima", sendo que o projeto Liverpool deverá "permitir a importação direta de produtos petrolíferos por via marítima, para posterior distribuição por todo o território continental de Portugal, aproveitando a sua posição central face às grandes manchas de consumo do país".
"A infraestrutura agora planeada será o foco principal da RNM na operação de distribuição de produtos petrolíferos, nomeadamente gasóleo, gasóleo de aquecimento, gasolina 98, gasolina 95, etanol, biodiesel (FAME) e aditivos, dotando‐a de capacidade de obtenção da sua matéria‐prima de forma independente, aos preços mais competitivos, para que possa assim garantir um serviço de qualidade, com fornecimento contínuo e ao melhor preço a todos os seus clientes em território nacional", pode ler-se no estudo de impacto ambiental.
A RNM indica ainda que pretende "atrair para esta infraestrutura outros operadores do mercado, através do fornecimento de um serviço de armazenagem logística ou simplesmente da venda de produto à porta do terminal".
O projeto prevê a construção de dois tanques de gasóleo rodoviário, um de gasóleo de aquecimento, um de gasolina 98 e outros dois de gasolina 95, um de FAME (biocombustível) e outro de etanol, com alturas que vão dos 12 aos 18 metros.
Este parque de combustíveis ficará nas imediações de outras infraestruturas de importação e armazenamento de combustíveis já existentes em Aveiro, como os parques da Prio e da Digal, entre outras infraestruturas.