O Banco Central Europeu (BCE) oficializou esta quinta-feira, no final da reunião do conselho realizada em Amesterdão, a estratégia de fechar um ciclo longo de estímulos monetários lançado por Mario Draghi em 2011. O surto inflacionista, que vai permanecer "indesejavelmente durante algum tempo" - como se reconhece no comunicado da reunião - pressionou o conselho do banco central a enveredar, definitivamente, por um aperto monetário.
Ao fim de mais de uma década de juros em mínimos históricos e de vários programas de compras de títulos que engordaram o valor dos ativos do BCE até um um recorde de quase 9 biliões de euros, o conselho de banqueiros centrais do euro chegou esta quinta-feira a um consenso para acabar com todo o tipo de aquisições (líquidas) de ativos a 1 de julho e iniciar na próxima reunião de julho a subida da taxa diretora (que está no mínimo histórico de zero por cento desde março de 2016) e da taxa de remuneração dos depósitos dos bancos (que está em terreno negativo desde junho de 2014).