A Richemont, que detém marcas de luxo como a Cartier e a Montblanc, fechou o ano fiscal que decorreu de abril de 2021 a março de 2022 com um lucro de 2,08 mil milhões de euros, mais 61% do que no ano anterior, revelou a empresa esta sexta-feira.
Em comunicado ao mercado, a Richemont informou que as suas vendas anuais subiram 46%, para 19,18 mil milhões de euros, com o resultado operacional a mais do que duplicar, crescendo 129%, para 3,39 mil milhões de euros.
A margem operacional do grupo suíço disparou para 17,7%, depois de no ano anterior ter sido de 11,2%.
A Richemont reportou crescimentos de dois dígitos nas vendas em todas as áreas de negócio.
As marcas de joalharia, em que se inclui a Cartier, faturaram mais 49% em termos homólogos e conseguiram uma margem operacional de 34,3%. Já a área de relógios cresceu 53% em vendas e teve uma margem de 17,3%.
As vendas em canais digitais do grupo, por seu turno, apresentaram um crescimento anual de 27%.
Nas suas contas anuais a Richemont registou um impacto negativo de 168 milhões de euros ao nível do resultado operacional associado à suspensão das atividades comerciais na Rússia.
No comunicado de resultados, o presidente da Richemont, Johann Rupert, deixou uma mensagem de "compaixão a todos os afetados pelo trágico conflito que decorre na Ucrânia", aproveitando para assinalar que o grupo e as suas marcas fizeram "donativos significativos" à organização Médicos Sem Fronteiras.
"Continuamos em contacto próximo com os nossos colegas na Ucrânia e na Rússia, onde suspendemos as operações. A sua segurança e bem-estar são a nossa prioridade máxima", comentou o presidente do grupo suíço.