Exclusivo

Economia

Novo Banco: auditoria da Deloitte não vê razão para venda em Espanha

Novo Banco. A auditoria da Deloitte à injeção de capital no Novo Banco em 2020 questiona venda da sucursal em Espanha e perdas geradas

Expresso

A terceira auditoria realizada pela Deloitte ao Novo Banco, devido à entrada de dinheiros da esfera pública em 2020, conclui que a venda da sucursal em Espanha carece de justificação “racional” por parte da gestão, já que a mesma não está documentada. Esta é apenas uma das questões suscitadas pela auditoria já entregue pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, no Parlamento.

Segundo apurou o Expresso, a Deloitte considera que a venda da sucursal em Espanha não foi devidamente justificada pela gestão do banco. E, sabe o Expresso, especificou algumas razões, tais como não haver evidência de ter havido comparação entre o impacto do desinvestimento e a sua continuidade, apesar dos prejuízos causados pela operação. Mais, não havia obrigação de vender a sucursal face aos acordos com a Comissão Europeia, mas sim a sua reestruturação. Em 2019, esta fazia parte do plano de reestruturação, que consistia na redução de custos através de redução da sua rede e de trabalhadores. Porém, em 2020 equacionou-se a sua venda, a qual, como se ficou a saber, não teve muitas ofertas vinculativas e traduziu-se em perdas de €166 milhões para o NB. É perante este enquadramento que os auditores consideram que o negócio serviu para que a chamada de capital fosse superior.