A taxa de desemprego em Portugal fixou-se em fevereiro em 5,8%, o mesmo valor que em janeiro (que teve uma primeira estimativa de 6%, agora revista pelo INE para 5,8%), segundo revelou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Representa ainda um recuo de 1 ponto percentual (p.p.) face a fevereiro do ano passado (quando se fixou em 6,8%), quando o país ainda estava em confinamento.
Os dados de janeiro foram revistos em baixa, uma vez que inicialmente o INE tinha anunciado que a taxa de desemprego se fixou em 6%. Ou seja, há três meses consecutivos que a taxa de desemprego se situa em 5,8%.
Estes valores dizem respeito à taxa de desemprego para as pessoas entre os 16 e os 74 anos com os valores ajustados à sazonalidade. Se analisarmos os valores não ajustados a taxa de desemprego situou-se em 6,1% em fevereiro, mais 0,1 p.p. que em janeiro (6,1%).
O número concreto de pessoas desempregadas atingiu os 297,5 mil, menos 800 que em janeiro e menos 45,8 mil que em fevereiro do ano passado.
O gabinete estatístico indica ainda que, no mês em análise, a população ativa diminuiu em 14,9 mil face a janeiro e a população inativa viu um aumento de 14 mil. "A diminuição da população ativa resultou da redução da população empregada, em 14,1 mil (0,3%), uma vez que a população desempregada se manteve praticamente inalterada", indica o INE.
Quanto ao aumento da população inativa, este "foi explicado pelo acréscimo do número de outros inativos, os que nem estão disponíveis, nem procuram emprego" - mais 24 mil pessoas, ou 1%.
Nota ainda para a subutilização do trabalho, que em fevereiro abrangeu 586,9 mil pessoas, menos 11,3 mil que em janeiro e menos 117,6 mil que no mesmo mês de 2021. "A taxa de subutilização do trabalho correspondente foi estimada em 11%", refere o INE.
Este indicador inclui as pessoas oficialmente classificadas como desempregadas pelo INE, como os inativos disponíveis para trabalhar mas que não procuraram ativamente um posto de trabalho, os inativos que procuraram emprego mas não estavam disponíveis no imediato para aceitar uma vaga, e os trabalhadores a tempo parcial que gostariam de trabalhar mais horas.
Notícia atualizada às 11h22