O euro circula em Portugal desde 1 de janeiro de 2002. Faz vinte anos no sábado que entrou no nosso dia-a-dia. A euforia de que a nova moeda única criasse uma dinâmica de crescimento morreu logo no ano seguinte com a crise 2003 que se seguiu à declaração por Durão Barroso de que estávamos de 'tanga'. Depois de mais três crises, a média anual de crescimento da economia, em termos reais, nestas duas décadas, é negativa.
Do pântano à pandemia
O azar político bateu logo à porta aquando da entrada do euro em Portugal. O Governo de António Guterres já tinha mergulhado na auto-classificação de “pântano político” quando Guilherme d’Oliveira Martins, então ministro das Finanças, e Vítor Constâncio, o governador do Banco de Portugal, se deixaram fotografar com pompa e circunstância mostrando as novas notas de euro. Mas foi sol de pouca dura o entusiasmo, durou três meses.