Economia

Ministro do Planeamento aguarda contributo dos patrões para o Portugal 2030: “Não faltam sítios simpáticos para fazer essa reunião”

Nelson de Souza espera reunir-se com as confederações patronais apesar de elas terem faltado à reunião da semana passada. Esta segunda-feira arrancou a consulta pública do novo quadro comunitário

O ministro do planeamento, Nelson de Souza, coordena os fundos europeus
foto Tiago Miranda

O ministro do Planeamento, Nelson de Souza, espera reunir-se em breve com as confederações patronais para debater os grandes objetivos estratégicos em torno da aplicação do próximo quadro de fundos comunitários. “Muito gostaríamos de ter o contributo das confederações patronais. Só temos a ganhar com isso”, disse esta segunda-feira o governante na apresentação à comunicação social do Portugal 2030.

Em causa estão quatro confederações: Agricultores de Portugal (CAP), Comércio e Serviços de Portugal (CCP), Turismo de Portugal (CTP) e Confederação Empresarial de Portugal (CIP). Todas faltaram à reunião que o ministro agendou para 9 de novembro, ainda no rescaldo da polémica em torno das medidas laborais que as levou a abandonar Concertação Social a 22 de outubro.

“Não quero criar celeuma à volta disto”, disse o ministro do Planeamento. Aos jornalistas, garantiu “não atribuir qualquer importância de maior” ao facto de não ter sido possível reunir-se com os patrões antes da aprovação do Portugal 2030 em Conselho de Ministros, na passada quinta-feira. E espera agendar uma reunião nas próximas semanas com as confederações patronais, até porque foi isso que ficou combinado após a falta dos patrões à última reunião.

“Se for na Concertação Social, que seja. Aliás, temos um grupo de trabalho na Concertação Social para os fundos estruturais. Que outra melhor sede que não aquela?”, disse. “Mas se não for entendido assim, não faltam é sítios simpáticos para fazer essa reunião.”

A consulta pública que arranca esta semana foi precedida por audiências do ministro do Planeamento aos diferentes partidos políticos e parceiros sociais e territoriais. Só os patrões faltaram à chamada. Então manifestaram-se disponíveis para uma discussão aprofundada e calendarizada do futuro Portugal 2030, mas recusaram uma auscultação meramente protocolar que sirva apenas para referenciar que foram cumpridas as exigências de Bruxelas.

Já Nelson de Souza destaca o entendimento existente para “marcar um novo encontro” desde que os patrões faltaram à primeira chamada.

O ministro explicou que a falhada reunião de 9 de novembro só foi “naturalmente” marcada “acertando datas previamente com as confederações patronais”. Depois da marcação dessa data é que “houve confederações que nos fizeram transmitir a sua impossibilidade por razões de agenda - eu tenho de acreditar naturalmente nessa justificação”.

O governo prevê que a consulta pública do Portugal 2030 arranque esta segunda-feira no portal do governo ConsultaLEX.