A Galp Energia obteve nos primeiros nove meses do ano um resultado líquido positivo de 327 milhões de euros, numa base ajustada, que compara com o prejuízo de 45 milhões de euros registado em igual período do ano passado, informou a empresa no relatório e contas trimestral enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Numa base puramente contabilística (não ajustada pelo custo de substituição de reservas) o resultado líquido da Galp até setembro foi negativo em 102 milhões de euros, comparando com um resultado negativo de 516 milhões de euros no período homólogo de 2020.
Na base ajustada, o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ascendeu a 1.678 milhões de euros entre janeiro e setembro, aumentando 45% face ao ano passado.
Para esta melhoria contribuiu sobretudo o crescimento do negócio upstream (exploração e produção de petróleo), cujo EBITDA disparou 80%, para 1.428 milhões de euros (com um preço mais elevado do barril a mais do que compensar uma ligeira redução da produção da Galp face ao ano passado, e os custos de produção a baixar significativamente).
O negócio industrial e de gestão de energia (em que se inclui a refinação) viu o EBITDA recuar 38%, para 60 milhões de euros até setembro. Na área comercial (que inclui o retalho de combustíveis, entre outros negócios) o EBITDA baixou 10%, para 229 milhões. A área das renováveis contribuiu com um EBITDA negativo de 14 milhões de euros até setembro.
Considerando apenas o terceiro trimestre o EBITDA da Galp subiu 51%, para 607 milhões de euros (também com a exploração e produção de petróleo como motor) e o resultado líquido foi de 161 milhões de euros, comparando com o prejuízo de 23 milhões no terceiro trimestre de 2020.
No final de setembro a dívida líquida da Galp era de 2.028 milhões de euros (menos 3% do que há um ano) e correspondia a um rácio de 1,1 vezes o EBITDA ajustado.