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Economia

"Não estou rico". A história incrível de José Fonseca de Moura e de uma indemnização recordista por violação de patentes

Após ter entrado para a história devido a uma indemnização de 750 milhões de dólares, José Fonseca de Moura assumiu a liderança do IEEE - Instituto dos Engenheiros Elétricos e Eletrónicos e fez frente a grandes grupos industriais. Em entrevista ao Expresso, o conceituado engenheiro português recorda os momentos-chave da sua carreira
José Fonseca de Moura regressou ao Instituto Superior Técnico pela porta grande. Depois de bater o recorde de indemnizações pagas por violações de patentes nos EUA e da presidência do IEEE, veio a Lisboa a meados de setembro
Tiago Miranda

Mal terminou o doutoramento no Instituto de Tecnologias de Massachusetts (MIT), dos EUA, José Fonseca de Moura regressou a Portugal para fundar o primeiro mestrado de engenharia eletrotécnica do Instituto Superior Técnico (IST). Para a maioria dos professores e investigadores, esse momento dos meados da década de 1970 teria bastado para um lugar na história, mas Fonseca de Moura voltou em 1986 para os EUA, para se tornar uma referência na investigação no processamento de sinal na Universidade de Carnegie Mellon (CMU) e chegar aos 75 anos de idade com um currículo que se estende por dezenas de páginas.