Catarina Ferreira é a vencedora da 17ª edição do prémio Primus Inter Pares, competição do Expresso e do Santander Totta que procura identificar os novos talentos que podem tornar-se líderes no futuro. O anúncio foi feito esta terça-feira na cerimónia de entrega do prémio, no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.
A jovem de 24 anos foi aquela que mais se destacou pelas suas capacidades de liderança num total de cerca de 100 jovens que se candidataram. Como recompensa, poderá agora escolher um MBA (master in business administration) com propinas pagas no IESE, em Barcelona, no IE Business School, em Madrid, Lisbon MBA (Universidade Católica e Universidade Nova), no ISCTE, no ISEG ou na Porto Business School.
O segundo e o terceiro classificados — respetivamente, Álvaro Samagaio (formado em bioengenharia) e Manuel Pereira Leite (engenharia mecânica) — podem também selecionar um dos MBA sobrantes. Já em quarto lugar ficaram Bernardo Falcão (finanças) e António Ventosa (finanças), que recebem um curso de pós-graduação.
Licenciada e mestre em Gestão pela Universidade Católica Portuguesa e pela Nova SBE, Catarina Adegas Ferreira trabalha atualmente no Activo Bank. Para ela, o concurso não foi difícil “porque se foca nas soft skills”, segundo disse recentemente ao Expresso. “E ou as temos ou não.” Algumas, adquiriu-as nas experiências que foi vivendo — como o voleibol, que lhe deu a capacidade de trabalhar em equipa, ou o voluntariado em Madagáscar e na Jamaica, que lhe trouxeram “grande capacidade de adaptação a ambientes muito diferentes”.
Os três vencedores foram escolhidos por um júri, com o qual se reuniram em junho, altura em que tiveram de responder a questões relacionadas com o seu percurso profissional mas também a perguntas mais abrangentes relacionadas com as áreas com as quais trabalham neste momento e ainda a algumas de cultura geral.
O júri era constituído pelo presidente do conselho de administração da Impresa (dona do Expresso e da SIC), Francisco Pinto Balsemão, o presidente executivo do Santander Portugal, Pedro Castro e Almeida, a conselheira sénior internacional na Roland Berger, Estela Barbot, o ex-ministro do Desenvolvimento Regional e professor universitário Miguel Poiares Maduro e a administradora da Sogrape Raquel Seabra.
Interrompido pela pandemia
Álvaro Samagaio, António Ventosa, Bernardo Falcão, Catarina Ferreira e Manuel Leite eram os cinco finalistas do prémio de gestão promovido pelo Expresso e pelo Santander Totta, que em junho se reuniram com o júri. Estudantes de Economia, Finanças, Gestão ou Engenharia, são jovens polivalentes, com interesses que vão além da vida académica ou profissional — sendo o desporto um traço comum — e sem medo de dizer o que pensam. Este ano, com o adiar do concurso devido à pandemia, já estavam todos a trabalhar.
Apenas puderam participar nesta edição do Primus Inter Pares alunos de nacionalidade portuguesa recém-licenciados nas áreas de Economia, Finanças, Gestão e Engenharia com idade inferior a 26 anos e média de pelo menos 14 valores - e que nunca tivessem chumbado.
Ao contrário das edições anteriores, a atual (com início em 2019) foi interrompida pela pandemia de covid-19 e acabaria por ser retomada em 2021. Em 2019 realizou-se a primeira fase da prova, que consiste em testes escritos cognitivos, de raciocínio lógico e algumas perguntas mais introspetivas.
Depois de uma pausa, o concurso acabaria por ser retomado este ano com algumas alterações: as provas presenciais, que normalmente decorriam num hotel, foram transformadas em trabalhos de casa seguidos de dinâmicas de grupo através da plataforma Zoom. Os trabalhos eram enviados na véspera, para avaliar a capacidade de resposta e motivação.
Participaram 24 candidatos nesta fase, mas só 23 terminaram a prova. Destes, foram escolhidos os cinco finalistas.