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Economia

Há (muito) mais vida na aviação além da TAP

Criar um cluster assente no ensino, indústria e manutenção pode duplicar riqueza produzida pela aviação numa década

Há oportunidades de negócio e de criação de riqueza no sector da aviação em Portugal à espera de uma visão estratégica e da definição de políticas globais que alinhem o interesse público e privado — grande parte delas são apontadas no “Livro Branco” do sector, concluído em junho, com propostas concretas e metas para o futuro. Antes da crise pandémica, em 2019, o sector da aviação representava 3% do PIB e faturava €6,5 mil milhões, um número que poderá ser multiplicado duas vezes numa década se o país criar uma estratégia. É esta a convicção da Associação Portuguesa do Transporte e Trabalho Aéreo (APTTA), que reuniu diversos atores do sector para fazer o “Livro Branco da Aviação”.

Há, considera a APTTA, muitas ­áreas em que Portugal poderá dar cartas, desde o ensino à indústria de aeronaves e componentes, passando pela manutenção. O país tem uma posição geográfica privilegiada — afirmando-se como uma placa giratória entre a Europa, América e África Ocidental —, aliada à inserção no espaço regulatório da União Europeia e a um mercado laboral competitivo. Coordenados pela APTTA, operadores do sector — Aeromec, Air Nimbus, EuroAtlantic, Helibravo, Hifly, Netjets, Portugália, SATA, SEVENAIR e TAP —, especialistas e académicos juntaram-se para refletir sobre o tema e fazer um “Livro Branco”, que já entregaram ao Presidente da República. O ecossistema do sector da aviação não se resume ao transporte aéreo e à TAP, que, embora seja uma peça central, não é a única, defendem. Aliás, representa metade das receitas (€3,5 mil milhões), e em 2019, antes do processo de reestruturação, tinha menos de metade dos 25 mil postos de trabalho criados pelo sector.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.