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Economia

Dielmar, Coelima, Azincon: a derrocada do têxtil em tempos de pandemia

A declaração de insolvência da Dielmar é um dos sinais das dificuldades que o setor têxtil atravessa. Antes da empresa de Castelo Branco já outros grupos ruíram ou foram vendidos, ressentidos com as mudanças nos hábitos de trabalho, de socialização e o encerramento das lojas de vestuário

Lucília Monteiro

A covid-19 não prejudicou só a saúde, mas também a economia, nomeadamente o setor têxtil. Esta segunda-feira noticiou-se que a Dielmar declarou insolvência, mas está longe de ser a única empresa do setor que, no último ano e meio, passou por dificuldades acrescidas. Últimos dados mostram recuperação face a 2020, mas para atingir os níveis pré-pandemia só em 2022.

A Dielmar, com fábrica no distrito de Castelo Branco e cerca de dez lojas próprias, apresentou o pedido de insolvência na passada sexta-feira, colocando 300 empregos em risco. Segundo comunicado da empresa de vestuário liderada por Ana Paula Rafael, a Dielmar "sucumbiu à pandemia da covid-19”. Assim, depois de entrar em período de férias no final do mês passado, a gestão considerou não ter condições para manter o pagamento de salários a partir de agosto, mesmo com o apoio do lay-off.