Economia

Lucro da Greenvolt no primeiro semestre cai 82%, para um milhão de euros

Na primeira apresentação de resultados após entrar em bolsa a empresa liderada por João Manso Neto reportou uma faturação de 41,9 milhões de euros até junho, num semestre marcado por efeitos não recorrentes, que determinaram a queda do resultado líquido

O CEO da Greenvolt, João Manso Neto, na Euronext Lisbon.
PHIL BOUTEFEU

É a primeira vez que a Greenvolt, braço do grupo Altri para as energias renováveis, apresenta resultados desde que entrou em bolsa. Obteve no primeiro semestre um lucro de 1 milhão de euros, que fica 82% abaixo do registado no mesmo período do ano passado.

Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a Greenvolt informa que as suas receitas até junho foram de 41,9 milhões de euros, menos 9,8% do que no ano passado.

O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) baixou 11%, para 13,9 milhões de euros.

No seu comunicado a empresa liderada por João Manso Neto sublinha que os resultados do primeiro semestre foram "afetados pela paragem de três das suas cinco centrais em Portugal e por custos não recorrentes".

Os resultados do primeiro semestre de 2021 foram impactados por vários efeitos não recorrentes, não sendo por isso diretamente comparáveis, incluindo os custos com a aquisição da central de Tilbury, em Inglaterra, e o impacto das paragens de manutenção das centrais de biomassa em Portugal.

"Adicionalmente, tendo em conta que a aquisição da Tilbury se concretizou no dia 30 de junho de 2021, foi considerada a demonstração da posição financeira consolidada das empresas no Reino Unido, contudo, sem impacto na demonstração dos resultados".

Se as receitas da unidade inglesa tivessem sido já reconhecidas no primeiro semestre as receitas totais da Greenvolt teriam ascendido a 66,2 milhões de euros (mais 42% que no ano passado) e o EBITDA teria sido de 26,2 milhões de euros (mais 67%).

João Manso Neto faz um balanço positivo dos primeiros meses de vida da empresa enquanto Greenvolt, a nova designação da sociedade que antes a Altri explorava como Bioelétrica, concentrada na biomassa, e que entretanto alargou o seu âmbito para outros negócios, incluindo energia eólica e solar.

"A Greenvolt já é atualmente uma empresa de referência nas energias renováveis, claramente diferenciadora, com uma excelência operacional na produção de energia elétrica renovável a partir de biomassa residual – a biomassa certa, que contribuiu para a economia circular e para externalidades positivas no ambiente - e explorando as oportunidades mais rentáveis no segmento das energias solar fotovoltaica e eólica", comentou Manso Neto no comunicado desta quarta-feira.