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Economia

Taxa de carbono agrava combustíveis em €380 milhões

Subida do custo das licenças de CO2 ameaça aumentar o ISP no próximo ano. Gasolina e gasóleo podem encarecer 6 cêntimos por litro, mais IVA. Apetro pediu reunião com ministro do Ambiente

Impostos (ISP e IVA) são mais de metade do preço final da gasolina e gasóleo
Luís Barra

A fiscalidade sobre os combustíveis em Portugal pode conhecer no arranque de 2022 um dos maiores aumentos dos últimos anos, por efeito da atualização da taxa de carbono, indexada ao preço das licenças de emissão de dióxido de carbono (CO2). Se a fórmula de cálculo seguir a que está hoje em vigor, os portugueses poderão contar com um agravamento desta taxa, incorporada no ISP — imposto sobre produtos petrolíferos, de 6 cêntimos por litro na gasolina e 6,5 cêntimos no gasóleo, de acordo com os cálculos do Expresso.

Atualmente o adicionamento de carbono no ISP é feito com uma taxa de €54,34 por cada mil litros na gasolina e de €59,2 por cada mil litros de gasóleo, tendo por referência um custo de licenças de CO2 de €23,92 por tonelada. Ou seja, hoje os automobilistas estão a pagar 5,4 cêntimos em cada litro de gasolina e 5,9 cêntimos em cada litro de gasóleo só com este encargo criado em 2015 para melhor refletir o custo ambiental do uso de combustíveis fósseis na mobilidade.