É uma quebra nunca vista. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), Portugal recebeu 6,5 milhões de turistas não residentes em 2020. O número corresponde a uma redução de 73,7% face ao ano de 2019, altura em que o país tinha registado uma evolução positiva de 7,9% neste indicador. A pandemia e as limitações que impôs respondem por estes números.
Sem surpresas, Espanha manteve-se como o principal mercado emissor de turistas internacionais representando uma quota de 28,5%. Porém, a entrada de turistas espanhóis em território nacional sofreu em 2020 um decréscimo de 70,5% face ao período homólogo, ou seja, os 12 meses de 2019. Segundo os dados esta quinta-feira divulgados pelo INE, o mercado francês (16,3% do total) foi o segundo principal mercado emissor, tendo registado uma diminuição de 66%. Já os turistas do Reino Unido representaram uma quota de 12,7% em 2020, diminuíram 78,3%. O mercado alemão (8,5%) diminuiu 71,7%.
Considerando a generalidade dos meios do alojamento turístico - estabelecimentos de alojamento turístico1, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude -, a 31 de julho do ano passado estavam em atividade, e com movimento de hóspedes, 5.467 estabelecimentos. Número que, por sua vez, corresponde também a uma redução de 23,6% face ao registado no mesmo período do ano anterior, como consequência da pandemia COVID-19, sinaliza o INE.
A generalidade dos meios de alojamento turístico registou 11,7 milhões de hóspedes que proporcionaram 30,3 milhões de dormidas, traduzindo-se em diminuições homólogas de 60,4% e 61,1%, respetivamente. Entre 2018 e 2019 o número de hóspedes e de dormidas tinha registado uma evolução positiva de 7,4% e 4,3%. Nos estabelecimentos de alojamento turístico (hotelaria, alojamento local e turismo no espaço rural/habitação) registaram-se 89,4% dos hóspedes e 85,2% das dormidas, seguindo-se os parques de campismo (9,7% e 14,0%, respetivamente) e as colónias de férias e pousadas da juventude (0,9% e 0,8%, pela mesma ordem).