Economia

Impacto dos fundos europeus prolonga-se por meio século, diz António Costa

Primeiro-ministro revela que fundos do atual quadro comunitário Portugal 2020 aumentarão o PIB português ao longo dos próximos 50 anos. Estudo está a ser realizado pela Universidade do Porto

Yves Herman/REUTERS

O primeiro-ministro António Costa revelou esta-segunda feira o impacto que os fundos europeus do atual quadro comunitário 2014-2020 têm crescimento da economia portuguesa.

“O estudo que está em curso pela Universidade do Porto relativamente ao impacto macroeconómico do atual Portugal 2020 demonstra que, sem a existência destes fundos, o nosso produto interno bruto (PIB) seria 1,9% inferior àquilo que é só pela utilização dos fundos”, disse na abertura da conferência “Fundos Europeus: Gestão, Controlo e Responsabilidade”, coorganizada pelo Tribunal de Contas de Portugal e pelo Tribunal de Contas Europeu.

“Se tivermos em conta também a componente nacional - que adiciona aos fundos comunitários – o impacto é de 2,3% do nosso PIB”, acrescentou.

O primeiro-ministro alertou, contudo, que o impacto na economia portuguesa não se esgota no momento da aplicação das verbas comunitárias. “Não há só impacto no momento da execução, mas ao longo do tempo. Este estudo da Universidade do Porto considera que se estenderá pelos próximos 50 anos, tendo um impacto de 0,7% do PIB ao longo dos próximos 50 anos”, disse António Costa.

O primeiro-ministro aludiu também a um estudo realizado pela Comissão Europeia sobre a aplicação dos fundos europeus em Portugal. “Tem até uma avaliação mais generosa do que este estudo realizado pela Universidade do Porto, considerando que 3,2% do PIB português de longo prazo será superior, graças ao impacto da aplicação dos fundos comunitários”.