Está a subir de tom o conflito entre o Novo Banco e o Fundo de Resolução (e o Governo). Quatro anos depois de o veículo ter começado a injetar anualmente dinheiro no banco liderado por António Ramalho, há contornos inéditos no novo imbróglio jurídico. O diferendo não passa agora apenas pelo tribunal arbitral em que as partes discutem diferenças nas transferências já feitas. Agora, o conflito adensou-se e está a caminho dos tribunais, com uma providência cautelar e o processo principal a ele ligado. A solução é imprevisível e, para já, deixa o Fundo com poucas alternativas.
O Novo Banco tem em marcha uma providência cautelar contra o Fundo de Resolução com um objetivo: que lhe sejam pagos os €112 milhões que não foram transferidos devido ao bloqueio decidido pelo Ministério das Finanças. A entidade controlada pela Lone Star quer que lhe seja pago o que estava acordado e refletido nas contas de 2020 (€429 milhões), já que o Governo tinha dado luz verde a este montante em Conselho de Ministros.