Agitam-se as águas em torno da Altice Portugal, o maior operador do mercado português, cuja hipótese de venda está em estudo, conforme noticiou o Expresso. Se Patrick Drahi e Armando Pereira, os patrões da MEO, decidirem mesmo avançar com a alienação da operação portuguesa, quem poderá estar interessado?
Há vários potenciais candidatos, mas a Altice Portugal será especialmente atrativa para quem já tiver uma operação em Espanha e esteja disponível para expandir o negócio ou tenha músculo financeiro para se abalançar num investimento pesado, concluiu o Expresso depois de ouvir fontes financeiras e do sector das telecomunicações. Entre os potenciais candidatos estarão alguns que conhecem bem o mercado português, ou porque já cá estiveram — como é o caso da francesa Orange, que foi parceira da NOS, ou do poderoso fundo KKR, que chegou a ser proprietário da Nowo e da Oni Telecom — ou porque operam em Portugal neste momento e poderão querer reforçar a sua presença, como é o caso da espanhola MásMóvil, a nova dona da Nowo e uma das empresas que comprou espetro no leilão da quinta geração (5G) móvel. A MásMóvil, refira-se, é candidata a quarto operador em Portugal.