Carlos Costa voltou ao Parlamento, desta vez sem a veste de governador, mas como responsável da resolução do BES e da venda do Novo Banco. Defendeu-se dos ataques quanto ao afastamento tardio de Ricardo Salgado da liderança do BES em 2014, dizendo que agiu com base na lei existente à data (e acusando o relatório de João Costa Pinto de não ver esse pormenor). Justificou a resolução do BES e a venda de 75% do capital à Lone Star argumentando que ambas as decisões evitaram um mal maior: a liquidação de um dos maiores bancos do sistema.
Foi nesta 13ª vez que esteve no Parlamento para prestar esclarecimentos sobre o Novo Banco que Carlos Costa foi mais longe: classificou-o como um “cabaz de fruta que parcialmente estava apodrecida”, numa referência aos ativos tóxicos. Para justificar a venda falhada, em 2015, e a alienação à Lone Star a preço zero dois anos depois, acrescentou que, com o passar do tempo, a fruta apodreceu ainda mais — e não se pode pedir muito dinheiro por fruta podre.