Desta vez foi mesmo diferente. O Banco Central Europeu (BCE) reagiu à crise pandémica numa direção oposta à política da equipa de Jean-Claude Trichet no ano em que Portugal foi resgatado pela troika.
Ainda que, com algum gradualismo e uma gafe pelo meio, Christine Lagarde reagiu um dia depois de a Organização Mundial de Saúde ter declarado o estado de pandemia. O BCE reforçou em €120 mil milhões o poder de fogo do programa que tinha em curso. O que se revelou, rapidamente, pouco, e uma semana depois, a francesa anunciou um programa de compras completamente novo, que ficou conhecido pela sigla inglesa PEPP. Começou com €750 mil milhões até final do ano, mas duas semanas depois foi reforçado para um megaenvelope de €1,35 biliões estendido até final de 2021.