O encargo da EDP com o seu conselho de administração executivo em 2020 ascendeu a 12,8 milhões de euros em termos brutos, com o gestor mais bem pago a ser, como habitual, o presidente executivo, que no ano passado era ainda António Mexia.
Globalmente o encargo com a administração executiva aumentou 16%, já que em 2019 os gastos da EDP com a remuneração bruta do conselho de administração executivo tinham sido de 11,05 milhões de euros.
António Mexia, que foi suspenso de funções durante o verão por decisão do juiz Carlos Alexandre no âmbito do processo 184/12 do Departamento Central de Investigação e Ação Penal, auferiu em termos brutos, uma soma de 2,37 milhões de euros. Em 2019 Mexia tinha auferido um total de 2,16 milhões de euros.
A remuneração bruta do ex-presidente executivo da EDP incluiu 970 mil euros fixos, 554 mil euros variáveis (relativos ao desempenho da gestão em 2019) e 848 mil euros de remuneração variável plurianual (relativa ao exercício de 2017).
O segundo gestor mais bem pago da EDP foi João Manso Neto (também suspenso de funções pelo juiz Carlos Alexandre), que custou à empresa 1,65 milhões de euros em 2020.
O terceiro mais bem pago foi Miguel Stilwell de Andrade, que até 2020 ocupava o lugar de administrador financeiro, tendo ocupado interinamente o lugar de presidente executivo após a suspensão de Mexia (sendo já em 2020 formalmente nomeado presidente executivo da EDP). Stilwell teve uma remuneração bruta de 1,56 milhões de euros.
Os encargos da EDP com o seu conselho de administração executivo devem baixar de forma significativa em 2021, já que este órgão passou este ano a ter apenas cinco elementos em vez dos nove elementos que tinha até ao final de 2020.