Economia

Desemprego registado entra em 2021 a subir para o nível mais elevado desde o início da pandemia

No final de janeiro estavam registados nos centros de emprego 424.359 desempregados, indicam os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional, publicados esta segunda-feira. É o número mais elevado desde o início da pandemia. Mais ainda, é preciso recuar a 2017 para encontrar um valor mais alto

O desemprego registado em Portugal entrou em 2021 a subir. Em janeiro, mês marcado pelo agravamento da pandemia de covid-19 e pelo regresso do país ao confinamento geral, estavam registados nos centros de emprego 424.359 desempregados, indicam os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), publicados esta segunda-feira.

Este número traduz um aumento de 5,5% face a dezembro (mais 22.105 pessoas) e de 32,4% (mais 103.801 pessoas) em termos homólogos, isto é, em relação a janeiro de 2020.

Sendo certo que é habitual em Portugal o desemprego registado aumentar em janeiro face a dezembro, por causa do impacto sazonal negativo no mercado de trabalho, este é o número de desempregados registados mais elevado desde o início da pandemia. Mais ainda, é preciso recuar a maio de 2017 para encontrar um valor mais alto.

A nível regional, em janeiro, "o desemprego registado aumentou em todas as regiões do país", indica o IEFP. Dos aumentos homólogos, o mais pronunciado deu-se na região do Algarve (mais 61,3%), seguido de Lisboa e Vale do Tejo (mais 45,3%) e da região da Madeira (mais 30%).

O IEFP indica ainda que, em termos de grupos profissionais dos desempregados registados no Continente, salientam-se os mais representativos, por ordem decrescente: “Trabalhadores não qualificados“ (24,9%); “Trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção, segurança e vendedores” (22,8%); "Pessoal administrativo" (11,6%); "Especialistas das atividades intelectuais e científicas" (10,2%) e "Trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices" (10,0%)".