Economia

TAP: pilotos da Portugália aprovam acordo de emergência com 90% dos votos a favor

Os pilotos da Portugália votaram esta sexta-feira a favor do acordo de emergência. Os cerca de 135 pilotos da subsidiária da TAP assinaram um acordo que vigorará até dezembro de 2024

Rui Ochôa

O acordo de emergência assinado entre o Sindicato Independente de Pilotos de Aviação Civil (SIPLA), representante dos pilotos da Portugália, e a TAP foi ratificado esta sexta-feira em reunião dos associados. E teve 90% dos votos favoráveis.

O acordo acabou por ser aprovado pela esmagadora maioria dos associados, mas houve algum risco de que pudesse ser chumbado, uma vez que os pilotos da Portugália pretendiam que os pilotos da TAP só pudessem ser transferidos para a subsidiária se fosse para os quadros e não por cedência temporária. Mas acabaram por deixar cair esta possibilidade depois da TAP ter avisado que não se voltaria a sentar à mesa das negociações, e que se o acordo fosse chumbado avançaria com o regime sucedâneo. O SIPLA representa 135 pilotos dos 150 pilotos da Portugália.

Será então aplicado um corte de 25% na remuneração mensal dos pilotos, fazendo-se o corte acima dos 1330 euros. A percentagem dos 25% será para aplicar até 2025, mas com a condição de que esta percentagem será revista anualmente para se ajustar à oferta. E isso significa que esta percentagem poderá ser reduzida se o valor da procura aumentar.

O acordo do SIPLA prevê que não deverá haver despedimentos de pilotos da Portugália, porém não conseguiu que fossem reintegrados os 15 pilotos da companhia que estavam com contrato a prazo, como desejavam. O acordo prevê também que os pilotos da Portugália possam fazer greve.