Se Christine Lagarde aceitasse a proposta de uma centena de economistas europeus, entre eles Thomas Piketty e Francisco Louçã, para que o Banco Central Europeu (BCE) anulasse os quase €3 biliões que detém em dívida pública dos países do euro, o nível de endividamento português cairia para perto de 100% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo as contas do Expresso (ver gráfico).
O perdão daria, no caso português, uma folga ao longo de vários anos de €68 mil milhões, que é o total da carteira de dívida portuguesa que o BCE detém atualmente, e cujo prazo médio de vencimento é de sete anos. É claro que Lagarde já disse, no ano passado, que nem pensar. “Os Tratados proíbem-no. Ponto final.”