A Endesa adjudicou à empresa portuguesa Recifemetal, do grupo Ambigroup, os trabalhos de desmantelamento da histórica central a carvão de Compostilla, no Norte de Espanha, uma termoelétrica que começou a operar na década de 1950 e que deixou de produzir este ano.
Os trabalhos decorrerão ao longo de quatro anos e darão emprego a 130 pessoas, a maior parte das quais provenientes da região em que a central está instalada. O objetivo da Endesa é separar e reaproveitar parte dos resíduos das quase 267 mil toneladas de equipamentos.
O grupo espanhol irá ter uma despesa total de 62 milhões de euros para encerrar, desmantelar e limpar o local onde durante décadas a central de Compostilla produziu eletricidade a partir do carvão.
"No âmbito do compromisso de economia circular da Endesa está prevista a reutilização dos resíduos de betão, contando para isso com um equipamento de trituração com capacidade para tratar 300 toneladas por hora", refere a Endesa em comunicado.
A central de Compostilla foi inaugurada na década de 1950 e ampliada na década de 1960. Tem uma capacidade de 1361 megawatts (MW), em cinco grupos geradores, sendo ligeiramente mais potente que a maior central existente em Portugal, a termoelétrica a carvão de Sines.